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O homem se torna o que ele pensa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Seus olhos

Aqueles que reprovam, que perfuram e dão esperanças
Trazem as velhas e as novas
Levantam aos céus, puxam ao inferno
Seus olhos tristes
Por que eu nunca consegui decifrar seus pensamentos?
Parece tudo tão obvio num momento
Quando menos se percebe, a vida vira de cabeça para baixo
tudo muda, inclusive o sentimento
Mas o que muda é a respeito de mim mesma
Por hora me odeio, outra, me amo
Como seus olhos conseguem me controlar dessa maneira?
Nesse momento eu desejo desesperadamente não viver
Nesse momento que me evitas, que nada sou
Nada quero ser
Seus olhos, o meu viver...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ele, Ela

Seus cabelos negros esvoaçantes ao vento
Olhos que brilhavam banhados de lagrimas
Fixos no céu de imensidão azul
Marrons, que de tão escuros refletiam a luz do sol

Aquele sol que radiava seu rosto
Nunca risonho, nem um sorriso
Transpassava o desanimo, podia sentir sua dor e isso me corroia por dentro
Se ao menos eu tivesse a coragem de lhe dizer...
Quem sabe eu poderia desfrutar de um sorriso seu

Eu observei incansável
Invisível
Prometi ao medo que não seria notado
Oh, bela figura que me hipnotizava

Não consegui decifrar os sentimentos
Sua beleza me alimentava
Não importava se eram breves os minutos
Bastava para meu dia ganhar um sentido

Perdi a conta das vezes que sonhei refletido naqueles castanhos obscuros
Passei a admirar a lua secretamente
Imaginando o que ela estaria a fazer
Se sabia que eu existia,
Ou se importava

Todos os dias em que minha coragem prometeu agir
Dei-me por vencido e me contentei apenas em observar seus suspiros
Por muitas vezes me sentei ao seu lado
Senti seu calor, por mais fraco que fosse
Senti seu cheiro, por mais afastada que estivesse
Mas nem um oi, nada...
Mantinha-me calado

Não sei se por medo de recuso
Ou de riso,
Ou do silencio a sua parte...
Não sabia o que dizer, nem o que perguntar
E muito menos como me apresentar

Eu não sei se posso chamar isso de amor
Pois nunca tornei concreto o que sentia
Nunca, ao menos, perguntei seu nome
Não contei sobre ela a ninguém
Sofria com ela em segredo

Não sabiam o que se passava, que eu a amava
Mentia esperar alguém para poder admira - lá
Mas os dias foram passando
E aos poucos parei de encontra - lá

Fique desesperado, precisava vê-la de novo
Esforço inútil, não sabia nada dela
Nunca imaginei a possibilidade de deixar de olhá-la
Desesperançoso, parei de procurá-la

Ainda posso ver seus olhos
Sentir seus suspiros em sintonia aos meus
Mas nada posso fazer agora
Sentir saudade é o que me resta
Deixei que você se fosse, minha amada
Sem nem lhe dizer que eras a mulher da minha vida
Nem mesmo a ilusão de tê-la
Ou ouvir sua voz, ou ouso fazê-lo.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu quero errar

Se isso é um grande erro,
eu não me importo.
Eu quero errar, assim desse jeito
Sentindo-me leve
Sentindo-me não mais tão vazia
Com sentido dinovo
Podendo ter a experiencia da vida voltando ao meu corpo aos poucos
Das poucas palavras trocadas
Em ato de desespero ou não
Eu quero errar
Eu preciso errar com você
Se isso é errar, eu nunca mais quero fazer o certo
Porque este erro me torna mais humana, mais viva
Mais forte...
As consequencias são minimas perto do que mudou em mim.
Eu quero errar
Sentir minha vida tomada pela corrente quente que envolve até a minha alma
Todos os pensamentos do não querer mais sentir
Do estar aqui apenas por estar...
Eles não tem mais um porque.
Eu sinto dor, eu sinto uma alegria diferente
E quero continuar sentindo
Mesmo que tudo isso seja apenas uma passagem
Neste momento, eu quero errar.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Die

Ela sentia dor
Não sabia como teria chegado a esta situação
As lágrimas, o frio, a insegurança
O escuro mórbido
Mas algo não a deixava parar
Tinha de continuar
Não importavam as condições
Mesmo que tivesse que se arrastar
Sabia que mais cedo ou mais tarde os joelhos não resistiriam muito mais
Foi sendo tomada pela exaustão
E então o primeiro tombo
Levantou-se sangrando,
Mais ainda determinada
Levou um longo tempo para cair um segunda vez,
Demorando-se para levantar,
Notou que o corpo já não queri obedecer
Mesmo assim continuou seu caminho
Ela arrastava os pés,
Braços e pernas banhavam-se em sangue
Tornou a deabar
Dessa vez o corpo foi tomado por algo muito pesado
Porém insistiu a levantar-se
Fraquejava, não sabia quanto tempo mais suportaria
Chorava desesperadamente
Pedia, suplicava, mas nada acontecia
Sua força estava no limite
Derrepente os joelhos desabaram
Ela se via sem alternativas
Não tinha como continuar
Sentiu o corpo ser jogado para frente
Muitos pingos de sangue cairam nesse momento
Apoiou-se os braços
O corpo estava pesado
Não aguentou mais
Estava no chão
Estendida...
Sem esperanças
Sem força
Sem vontade
O corpo nao se mexia
Estava gelada
Sem razão
Cansada
Exausta
A luz abandonou os olhos
Estava livre
O corpo não mais possuia vida.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aflições e conclusões

São as noites mais frias
As mais escuras
Os próximos passos são pesadamente acompanhados de medo
Olhos carregados de lágrimas
Os pés descalços sentindo os cacos no chão
Não se pode ver
Tatei-se o ar freneticamente
Porém nem paredes conseque-se identificar
Onde estou?
O desespero de nada adiantou
A ansiedade de nada serviu
Tudo o que resta são gotas de sangue
O medo do desconhecido nunca foi tão profundo
Qualquer pensamento parece uma enorme tolice
Cada movimento, estupidamente patético
Os esforços são inuteis
Porque ainda tentar?
Mas não
A desistencia nunca foi uma boa opção
Tatear o chão, entre os cacos
uma ultima e agoniante busca.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Aqueles Olhos

Uma neblina que subia devagar
Quase imperceptível
Meus pensamentos aturdidos trabalhavam rápido
Me mantive calma e controlada
Aqueles olhos intensos me olhavam
Eu fui mergulhando naquele brilho reluzente
Pouco a pouco esquecendo meus medos
Confiei no momento
Senti meu coração cobrindo-se confortavelmente
Estava acolhida pela esperança
E aqueles olhos penetrantes foram aquietando meus pensamentos
A cada piscar, era como um breve mergulho até a lua
Eu não queria pensar
Nada precisava fazer sentido
As consequências não me importavam
Sentia-me em uma grande e fofa núvem
Aquele calor aquecia todo o meu corpo
As horas passaram maldosamente velozes
E quando menos esperei
Apenas recordava com saudade
Daqueles olhos lindos que brilahvam intensamente
E suas mãos quentes.